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Revisão das 19h02min de 14 de outubro de 2020

— Meu coelho! gritou o menino sentido de lhe terem arrebatado a graciosa presa.

— Ah, supunhas que havias de pôr-me terra nos olhos, José? Não, este lindo animal não morrerá.

— Sim, sim mamãe; eu não o levarei a papai para o matar como ele disse; não quero que o meu coelho morra. Ele é tão bonitinho, que faz gosto. Quero criá-lo para mim, para mim só, já ouviu, mamãe? Meu coelhinho tão bonitinho!

José estava fortemente comovido, e Joana, fixando nele olhos perscrutadores, leu em seu rosto a pureza e a sinceridade da sua comoção, indício irrecusável, senão prova convincente, da excelência das inclinações do filho. Todas as hesitações que traziam seu espírito em contínua inquietação dissiparam-se diante do enternecimento do menino de cuja brandura e natural bondade já não lhe foi lícito duvidar.

— Dê-me o meu bichinho, mamãe, — pediu José quase chorando.

— Ele é teu, José, e ninguém, ainda que seja teu pai, te privará dele. Mas, antes que o tenhas contigo, quero saber por curiosidade o que vais fazer do coelhinho.

— Ora! Vou levá-lo para casa. Levo logo daqui capim bem verde para ele comer, e