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Revisão das 19h03min de 14 de outubro de 2020
faço lá uma caminha no canto do meu quarto para ele dormir junto de mim.
— E se teu pai o quiser matar?
— Pedirei a papai que o não mate, não. Olhe, mamãe: o melhor é eu ir esconder o coelhinho no mato sempre que meu pai estiver para chegar. Deus me livre de ver meu coelho morrer.
— Deus te livre, atrevido! gritou ao pé da mulher e do filho o mau marido, o pai desnaturado, carrasco da família antes de sê-lo da sociedade e de si próprio.
E arrebatando com rudeza bruta das mãos de Joana o pobre animal, fez gesto de lhe quebrar a cabeça contra uma pedra que lhe ficava fronteira.
— Que queres fazer, Joaquim? interrogou Joana, não obstante achar-se aterrada pela presença do marido.
— Ainda perguntas, mãe covarde que só sabes dar a teu filho lições de mofineza? Eu não quero meu filho para chorão.
— Mas eu também não o quero para assassino.
— Hei de ensiná-lo a ser valente. Há de aprender comigo a jogar a faca, a não desmaiar diante de sangue como desmaias tu, mulher sem espírito que não tens ânimo para matar um bacorinho. Não sabes que o assassino