Eu (Augusto dos Anjos, 1912)/Vencido: diferenças entre revisões

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No auge de atordoadora e ávida sanha
Leu tudo, desde o mais prístino mito,
Por exemplo: o do boi Ápis do Egito
Ao velho Niebelungen da Alemanha.
 
Acometido de uma febre estranha
Sem o escândalo fônico de um grito,
Mergulhou a cabeça no Infinito,
Arrancou os cabelos na montanha!
 
Desceu depois à gleba mais bastarda,
Pondo a áurea insígnia heráldica da farda
À vontade do vômito plebeu...
 
E ao vir-lhe o cuspo diário à boca fria
O vencido pensava que cuspia
Na célula infeliz de onde nasceu.
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''([[Eu (Augusto dos Anjos)|Eu]], 41)''
 
[[Categoria:Pré-Modernismo]]
[[Categoria:Augusto dos Anjos]]
[[Categoria:1912Poesia brasileira]]