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Edição atual desde as 14h01min de 11 de janeiro de 2021

uma rosa d'Alexandria, e uma angélica, e deu-mas para que eu as reconhecesse.

Aproximei muito dos olhos as duas flores para apreciar suas cores e um espinho da rosa feriu-me a ponta do nariz, e aí ficou preso.

— Repara no que te ensina a rosa, disse Anica; repara e compreende quanto te pode aproveitar a miopia: as flores que mais almejas distinguir e admirar não são as do nosso jardim, são as que enfeitam e enchem de magia os salões das sociedades, que não freqüentas, são as jovens formosas com que sonhas em sonhos doidos de amor ainda mais doido; essas, porém, assemelham-se à rosa d'Alexandria, tem espinhos que te despedaçariam o coração.

Anica interrompeu-se por breves instantes para suspirar; eu ouvi o suspiro, e ia perguntar-lhe, na minha simplicidade, se estava incomodada, quando ela continuou, dizendo:

— Contenta-te, pois, com a angélica que é suave ao tacto e que te pode embalsamar a