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Edição atual desde as 14h01min de 11 de janeiro de 2021

sentei-me e pedi à prima que me tirasse o espinho da ponta do nariz.

A inocente moça prestou-se a fazer a fácil operação: armou-se da tesoura mais delicada que achou, com os macios dedos da mão esquerda segurou-me o nariz, com a mão direita dirigiu a ponta da tesoura, e cuidadosamente ocupada em extrair-me o espinho, chegou seu rosto tão perto dos meus olhos que mais não era possível.

Durante três ou quatro minutos vi, distingui, apreciei suficientemente o rosto de Anica... não era o rosto com que eu sonhava, não era o das descrições das heroinas dos romances que me tinham lido... não era.

O rosto da prima Anica e muito respeitável; mas em consciência está muito longe de ser angélico.

A prova de que é muito respeitável está em que não tive necessidade de expelir de minha alma o menor desejo desrespeitoso, achando-se esse rosto por alguns minutos ainda mais perto dos meus lábios, do que dos meus olhos.