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Edição atual desde as 14h05min de 11 de janeiro de 2021

— Que te importa?... já o disse: terás vista mais penetrante do que desejas e pensas; queres?

— Por que modo a terei?

— Dando-te eu uma luneta mágica.

— Quando?

— Hoje mesmo e amanhã, na hora em que acabará o dia de hoje para começar o dia de amanhã, à meia-noite;

— E o teu prêmio?

— Será a tua próxima convicção de que é melhor ser cego, do que ver demais.

— Aceito.

— É o mal.

— Aceito.

— É o gelo no coração!

— Aceito.

— E o ceticismo na vida!

— Aceito.

— Por que, criança?...

— Porque eu quero ver.

— Verás demais!

— Aceito.

— Volta à meia-noite.