Página:A Luneta Magica, Tomo I (1869).pdf/55: diferenças entre revisões

Giro bot (discussão | contribs)
Giro_bot: split
 
(Sem diferenças)

Edição atual desde as 14h37min de 11 de janeiro de 2021

Estava terminada a mágica operação. O armênio me entregou a luneta, e disse-me então:

— Triunfo, e faço mal; mas posso prevenir o mal: criança! tu és inocente e bom, eu me compadeço de ti; escuta.

Recebi tremendo, a luneta, que ainda apenas sentia pelo tacto e não tinha visto pelos olhos, e escutei o armênio, que continuou a falar-me:

— Dou-te uma luneta mágica; verás por ela, quanto desejares ver, verás muito: mas poderás ver demais. Criança! dou-te um presente que te pode ser funesto: ouve-me bem! não fixes esta luneta em objeto algum, e sobretudo em homem algum, em mulher alguma por mais de três minutos; três é o número simbólico, e para ti será o número simples, o da visão da superfície e das aparências; não a fixes por mais de três minutos sobre o mesmo objeto, ou aborrecerás o mundo e a vida.

Eu estava todo trêmulo, e não sabia que dizer.

O armênio disse ainda:

— Esta luneta é a maravilha da magia: