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MONTE SANTO, 8 DE SETEMBRO
Amparada aos dois lados por muros de alvenaria, capeados, de um metro de altura por um de largura, calçada em certos trechos, tendo noutros como leito a rocha viva, essa estrada notável, onde têm resoado as ladainhas das grandes procissões da quaresma e passado legiões incalculáveís de penitentes
Começa investindo francamente contra a montanha, seguindo a normal de máximo declive, com uma rampa de cerca de 20 gráus; na quinta capela inflete à esquerda e progride com uma inclinação menor, volta depois, mais adiante, bruscamente para a direita, numa diminuição continua de declive até ao seio mais baixo, espécie de ligeira garganta do espigão. Segue por este horizontalmente por cerca de duzentos metros até aprumar-se de novo
Uma coisa assombrosa. Tem três mil metros aproximadamente e, em certos segmentos, foi rasgada através da rocha duríssima e espera
Com o extraordinário luar destas últimas noites o seu aspecto é verdadeiramente fantástico; destacam-se nitidamente as capelinhas brancas e à luz reflexa o dúbia da lua as vertentes, que se interrompem em paredões a prumo em virtude da própria estratificação da rocha, dão a idéa de muralhas imensas, sine calcis linimenti, recordando velhas trincheiras abandonadas de titans.
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Do alto descortina-se um horizonte de vinte léguas; toda a região como uma costa em relevo estende-se ante o olhar do observador, patenteando perspectivas belíssimas. Aproveitando convenientemente aquela altura aliada a mais dois ou três dos acidentes de terreno que apontam ao norte, poder-se-ia, de há muito, ter estabelecido um telégrafo ótico, de transmissão pronta, por meio de um jogo combinado de côres, com Canudos.
Infelizmente esta medida não foi tomada.
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