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{{navegar
|obra=[[O Coruja]]
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Dir-se-ia que de dentro do seu rico caixão, coberto de crepe e engenhosamente entretecido de fúnebres coroas, Teobaldo dirigia o solene préstito que o acompanhava à sepultura. Esperava-se ver a cada momento surgir entre as abas do caixão a cabeça do grande homem de gosto, exclamando para algum soldado que saíra da fileira:
— Mais para a direita! Para a direita! Em linha!
E, todo aquele reluzir de dragonas e comendas, e todo aquele deslumbramento de fardas bordadas, aquele cintilar de armas em funeral, e mais aquela marcha cadenciada da tropa; tudo se casava admiravelmente com a impressão gloriosa que Teobaldo deixava gravada na alma do povo, desse mesmo povo que ele dominou com a sua encantadora figura de fidalgo revolucionário e com o seu fino espírito de diplomata apaixonado pelas multidões.
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Coruja seguiu, coxeando, a direção dessas pancadas e, chegando à sepultura do amigo, ficou a contemplá-la em silêncio.
— Quer alguma coisa? perguntou-lhe o coveiro.
— Nada, não senhor, respondeu André.
— Pois então é andar, meu caro, que são horas de fechar o cemitério!
Com efeito, quando os dois chegaram ao portão, já o guarda os esperava sacudindo as suas chaves.
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