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{{navegar
|obra=[[Poemas Malditos]]
|autor=Álvares de Azevedo
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{{d|Eat, drink, and love; what can the rest avail us?▼
VAGABUNDO
Eu durmo e vivo ao sol como um cigano,▼
Fumando meu cigarro vaporoso,▼
Nas noites de verão namoro estrelas,▼
BYRON
Sou pobre, sou mendigo e sou ditoso...▼
Ando roto, sem bolsos nem dinheiro;▼
▲Fumando meu cigarro vaporoso,
Mas tenho na viola uma riqueza:▼
Canto à lua de noite serenatas...▼
▲Ando roto, sem bolsos nem dinheiro;
▲Mas tenho na viola uma riqueza:
E quem vive de amor não tem pobreza.
Não invejo ninguém, nem ouço a raiva
Nas cavernas do peito, sufocante,
Quando
Os reflexos do baile fascinante.
Namoro e sou feliz nos meus amores
Sou garboso e rapaz... Uma criada
Abrasada de amor por um soneto
Já um beijo me deu subindo a escada...
Oito dias lá vão que ando
Na donzela que ali defronte mora.
Ela ao ver
Desconfio que a moça me namora
Tenho por meu palácio as longas ruas
Passeio a gosto e durmo sem temores
Quando bebo, sou rei como um poeta,
E o vinho faz sonhar com os amores.
O degrau das igrejas é meu trono,
Minha pátria é o vento que respiro,
Minha mãe é a lua macilenta,
E a preguiça a mulher por quem suspiro.
Escrevo na parede as minhas rimas,
De painéis a carvão adorno a rua
Como as aves do céu e as flores puras
Abro meu peito ao sol e durmo à lua.
Sinto
Sou filho do calor, odeio o frio
Não creio no diabo nem nos santos.
Rezo
Ora, se por aí alguma bela
Bem
Quiser a nívea mão unir à minha
Há de achar
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