A Divina Comédia (Xavier Pinheiro)/grafia atualizada/Purgatório/II: diferenças entre revisões

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|obra=[[A Divina Comédia]]
|notasauthor_override=Traduçãopor [[Autor:Dante Alighieri|Dante Alighieri]], tradução de [[Autor:José Pedro Xavier Pinheiro|José Pedro Xavier Pinheiro]]
|autor=Dante Alighieri
|seção=[[A Divina Comédia/Purgatório|Purgatório]] — Canto II
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|notas=Tradução de [[Autor:José Pedro Xavier Pinheiro|José Pedro Xavier Pinheiro]]
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“Como ele as alça para o céu já vemos,
Eternas plumas suas agitando;
Não mudam como dos mortais sabemos.” —
 
Em tanto, mais e mais se apropinquando,
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Quando as almas, que haviam descendido,
Perguntam-nos: — “Sabeis, para indicar-nos,
Por onde o monte pode ser subido?”
 
Tornou Virgílio: — “Vos apraz julgar-nos
Do lugar sabedores; mas viandantes,
Como sois vós, deveis considerar-nos.
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Chegáramos aqui, de vós, pouco antes,
Por estrada tão árdua e temerosa,
Que esta subida a par, jogo é de infantes.” —
 
Notando aquela turba, curiosa,
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Que um pouco a praticar se demorasse:
 
— “Como te amei” — me respondeu — “vivendo
No mortal corpo, assim eu te amo agora.
Por que vais? Dize: ao teu desejo atendo.” —
 
“Caro Casella” &mdash; disse-lhe &mdash; “hei de embora<ref>''Casella'', músico florentino amigo de Dante e que havia musicado algumas canções dele. [N. T.]</ref>
Tornar, ao fim desta jornada, à vida.
Por que de vir hás delongado a hora?” &mdash;
 
“Se a passagem negou-me requerida
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“A essa foz seus vôos endireita;
Pois sempre ali a grei stá reunida,
Às penas do Aqueronte não sujeita.” &mdash;
 
&mdash; “Se não é por lei nova proibida
Memória e usança do amoroso canto,
108 Que as mágoas todas me adoçou da vida,
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“Praza-te amigo, confortar um tanto
Minha alma, que molesta, que amofina
Star envolta no corpóreo manto.” &mdash;
 
&mdash; “Amor que em minha mente raciocina” &mdash;
Entoou ele então com tal doçura,
Que o som donoso inda alma me domina.
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Na toada, absorvida, se engolfava,
Eis de repente o velho venerando:<ref>''O Velho'', Catão. [N. T.]</ref>
&mdash; “Que fazeis, descuidosos?” &mdash; nos bradava.
 
“Pois estais na indolência assim ficando?
Ide ao monte, a despir essa impureza,
Que a vista vos está de Deus vedando!” &mdash;
 
Quais pombos, que dos agros na largueza,
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<references />
 
[[Categoria:A Divina Comédia|Purgatório, Canto 02]]
 
[[en:The Divine Comedy/Purgatorio/Canto II]]