Ao Luar (Augusto dos Anjos): diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Ozymandias (discussão | contribs)
Sem resumo de edição
 
Giro720 (discussão | contribs)
Sem resumo de edição
Linha 1:
{{navegar
|obra={{PAGENAME}}Ao Luar
|autor=Augusto dos Anjos
|notas={{integra|poema=[[Outras Poesias]]}}
}}
Quando, à noite, o Infinito se levanta
 
<poem>
Quando, à noite, o Infinito se levanta
À luz do luar, pelos caminhos quedos
 
Minha tátil intensidade é tanta
 
Que eu sinto a alma do Cosmos nos meus dedos!
 
 
 
Quebro a custódia dos sentidos tredos
 
E a minha mão, dona, por fim, de quanta
 
Grandeza o Orbe estrangula em seus segredos,
 
Todas as coisas íntimas suplanta!
 
 
 
 
Penetro, agarro, ausculto, apreendo, invado
 
Nos paroxismos da hiperestesia,
 
O Infinitésimo e o Indeterminado...
 
 
 
Transponho ousadamente o átomo rude
 
E, transmudado em rutilância fria,
 
Encho o Espaço com a minha plenitude!
</poem>
 
[[Categoria:Augusto dos Anjos]]
''([[Outras Poesias]], 27)''
 
[[Categoria:Poesia brasileira|Augusto dos Anjos]]
[[Categoria:Augusto dos Anjos]]