A uma crueldade formosa: diferenças entre revisões

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Poesia de Jerônimo Baía. Do barroco português.
 
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Droga, não consigo
Linha 1:
A minha bela ingrata
 
Cabelo de ouro tem, fronte de prata,
 
De bronze o coração, de aço o peito;
 
São os olhos reluzentes
 
Por quem choro e suspiro,
 
Desfeito em cinza, em lágrimas desfeito;
 
Celestial safira,
 
Os beiços são rubins, perlas os dentes;
 
A lustrosa garganta
 
De mármore polido;
 
A mão de jaspe, de alabastro a planta.
 
Que muito, pois, Cupido,
 
Que tenha tal rigor tanta lindeza,
 
As feições milagrosas,
 
- Para igualar desdéns a formosuras -
 
De preciosos metais, pedras preciosas,
 
E de duros metais, de pedras duras?