Vous qui ne savezpas combien l’enfance est belle,
Enfant! n’enviez point notre age de douleurs...
Victor Hugo.
Choras, criança, mas chorar não deves;
Entre a velhice e as tuas horas leves
E’ pequena a distancia;
Choras debalde; choras,
Porque não sabesm flôr, quanto são breves
Da humana vida as horas,
Porque não sabes quanto é bella a infancia!
Tu, cuja vida é um suave paraiso
Adornado de flores.
Da nossa vida misera de dores
Armargas e revezes,
Nunca invejes o jubilo indeciso,
Porque teu pranto é menos triste, ás vezes,
Do que o nosso sorriso.
Os teus dias são rosas
Que vicejam, alegres e radiosas,
Nessas tuas manhãs de eternas galas;
Nunca as desfolhes, gárrula criança,
Deixa-as em paz, descança
Deixa que o tempo venha desfolhal-as.