ADVERTENCIA
 
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Desempenhava então, esse cargo um cavalleiro polaco, chamado Mazeppa, nascido no Palatinado de Podalia. Alistara-se pagem alumno de João Casimiro, em cuja côrte aprendera noções de litteratura.

Reveladas as relações amorosas, que travára com a mulher de um fidalgo de Varsovia, foi, por ordem d՚este, amarrado, em completa nudez, ao dorso de um cavallo bravo, que impelliram, solto, á discrição. O animal, oriundo da Ukrania, disparou direito áquella região, onde chegou, conduzindo Mazeppa, semi-morto de fadiga e fome. Soccorrido por alguns camponezes, ficou Mazeppa residindo entre os cossacos, por longo tempo, dando provas de grande valor em algumas excursões contra os Tartaros.

Em virtude de sua instrucção litteraria, foi altamente considerado pelos Cossacos, e, a tal ponto avultaram seus creditos, que o Czar o nomeou principe da Ukrania. (Voltaire, Historia de Carlos XII, pag. 196).

 

... A nomeação de Mazeppa para hetman da Ukrania data de 1687. Neste posto soube o velho chefe angariar a affeição do Czar Pedro I, que o elevou a principe d՚aquelle dominio. Querendo tornar-se independente, trahiu a Pedro o Grande por occasião da guerra d՚este com Carlos XII, batendo-se em Pultava a favor do monarcha sueco. Vencido com elle, refugiou-se na Valachia, e, mais tarde, em Bender, onde morreu em 1708.

... Ao rei, fugitivo e perseguido, morrêra o cavallo. Deu-lhe o seu o Coronel Gietta, que se exhauria em sangue, a manar de larga ferida. Assim, alçaram por duas vezes á sella, quando em fuga, aquelle conquistador, que não pudera ganhal-a durante a batalha. (Ibid, pag. 216).

 

... O rei seguiu por outro caminho com alguns cavalleiros. O carro, por elle occupado, fracturou-se. Tornaram a subil-o an arção. Para cumulo de infortunio desgarrou-se, á noite, num bosque. Alli, sem coragem, que The suprisse as forças esgotadas, exacerbando-se-lhe as dôres das feridas, vendo o cavallo prostrado de cançasso, deitou-se, algumas horas, ao pé de uma arvore, em risco de ser, a qualquer momento, sorprehendido pelos vencedores, que o perseguiam em todas as direcções.» (Ibid, pag. 218).

 

Gifford dá como heróe da aventura não Mazeppa, e sim um moço, bem conhecido, de nome Polo.

 

Esta obra entrou em domínio público no contexto da Lei 5988/1973, Art. 42, que esteve vigente até junho de 1998.


Caso seja uma obra publicada pela primeira vez entre 1930 e 1977 certamente não estará em domínio público nos Estados Unidos da América.