CAPÍTULO XXIV Comércio e indústria da ilha Terceira Estas duas entidades, intimamente ligadas uma à outra, e formando no seu conjunto o nível da riqueza de um povo, não podiam deixar de constituir um capitulo, dos mais importantes, pelo qual ajuizaremos o progresso e o desenvolvimento da ilha Terceira, desde o seu começo. E se, no ramo industrial, não vamos encontrar indústrias de grande vulto, não é porque aos terceirenses falte a aptidão e a boa vontade do operário; a ausência de matérias primas, e a emigração sempre crescente para os países da América do Norte, são as causas primordiais e principais do nosso atraso relativo. Mas, perguntará o leitor, do estado atual em que se encontra a indústria terceirense até à de grande vulto, não poderiam ser implantadas nesta ilha mais algumas, constituindo outras tantas fontes de riqueza? Sim; mas, infelizmente para nós, falta o impulso e a proteção dos poderes públicos, sem o que não podemos avançar no caminho do progresso. Vejamos em separado, e desde o seu princípio, cada uma destas fontes de riqueza que a ilha Terceira possui. Indústria Instalados definitivamente os primeiros habitantes da ilha Terceira, sob a direção de Jácome de Bruges, os trabalhos iniciais a efetuar foram, sem dúvida alguma, a construção das habitações indispensáveis para abrigo do homem e o fabrico do seu sustento. Para os primeiros, lá estavam os operários que Bruges trouxera na sua companhia; para o segundo, necessário foi


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o plantio dos cereais, e consecutivamente o fabrico da farinha, que, a muito custo, podia vir de Portugal. A moagem dos cereais constituiu, sem dúvida alguma, a primeira indústria da ilha Terceira, e as primeiras moendas foram construídas na freguesia de São Sebastião, seguindo-se depois as de Angra, Agualva, Praia, Quatro Ribeiras e outros lugares. Em Angra, constituíram-se os moinhos movidos pela água, depois de feito o encanamento da ribeira de São João de Deus, por Álvaro Martins Homem; e, em 1693, possuía a cidade doze moinhos na sua ribeira, sendo o último pegado com os muros da cerca do Convento de São Francisco, o qual ainda hoje se vê no lugar denominado o Pisão, na Rua da Memória. Atualmente, encontram-se em quase todas as freguesias rurais moinhos movidos pelo vento e outros pela água. A farinha obtida serve unicamente para consumo da ilha, e não é por conta do moageiro. Ignora-se a data em que começou a indústria do sabão, e apenas se sabe que em 1518, El-Rei D. Sebastião doava a saboaria de sabão branco e preto a D. Beatriz de Mendonça. Muitos anos depois cessou esta indústria; e em 21 de dezembro de 1862 é que apareceu novamente uma fábrica de sabão, sendo o seu fundador João Marcelino de Mesquita. Poucos anos teve de existência, por não poder competir com o sabão importado, de melhor qualidade. Em 1811 fundava-se na cidade de Angra a primeira fábrica de chapéus, sob a firma de José Maria da Silva & C.ª, sendo mais tarde substituída por uma outra, de António José de Sousa & C.ª, que também se extinguiu, bem como as de Manuel Joaquim de Sousa, na Rua Direita, e José Vieira Espínola, na Rua do Rego. Por Alvará de 30 de junho de 1858, Guilherme António de Lima Monteiro conseguiu instalar, na Rua da Guarita, uma fábrica de destilação de álcool, que, pouco tempo depois, foi a causa da sua ruína; do mesmo modo que em 1894 se montava, defronte da ermida de São Lázaro, um importante alambique para a destilação de álcool da cana de sorgo,1 e que teve de fechar em 1900, com prejuízo para os seus proprietários. Se formos pesquisar bem as causas de tal decadência, encontraremos, vergonha é dizê-lo, a guerra acintosa a todo aquele que procura implantar uma indústria lucrativa, e a falta de proteção dos nossos governos a tudo o que é bom e pode engrandecer um povo. Ignora-se também a época em que começou o plantio do tabaco e a sua manipulação; e apenas se sabe que, no começo, era livre de quaisquer direitos ou licenças e que em 1644 se fundava o primeiro estanco de tabaco das ilhas. Mais tarde, a administração do tabaco passou a ser feita pela Fazenda Pública, o que trouxe consigo a extinção daquela pequena indústria, até que, pelo Decreto n.° 33, de 10 de janeiro de 1831, mandando acabar com


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aquela prerrogativa, se tornou livre a introdução, manipulação e venda do tabaco, pagando só os direitos de entrada o que era importado. Pouco tempo depois, tornou novamente a haver o contrato do tabaco, e o estabelecimento de um estanco, que há poucos anos terminou. Existiram também duas fábricas de fósforos de enxofre na cidade de Angra, chegando a haver a exportação dos seus produtos para as demais ilhas, mas que deixaram de funcionar em 1895 em virtude do monopólio dos fósforos em Portugal, determinado por Lei de 23 de junho de 1891. Atualmente possui a ilha Terceira as seguintes indústrias: Duas importantes fábricas de destilação de álcool de batata-doce: uma fundada em 1870 no lugar de Val-de-Linhares, freguesia de São Bento, consumindo anualmente 5 a 10 milhões de quilogramas de batata, com a percentagem de 10,5 litros de álcool por cada 100 quilogramas de batata; e outra, na freguesia das Lajes, montada em 1893 e com igual consumo; Alambiques de destilação de borras de vinho e sumos de frutos, distribuídos da seguinte forma: 2 na freguesia da Sé; 5 na na freguesia de São Pedro; 1 na freguesia de Belém; e 1 na freguesia de São Bartolomeu; Uma importante fábrica de lacticínios, no lugar do Reguinho, nas antigas casas dos Condes da Praia da Vitória, fundada em 1886, e onde se fabrica manteiga e queijos pelo sistema holandês. Esta fábrica possui desnatadeiras nas freguesias de Santa Bárbara, São Sebastião e Cinco Ribeiras; Três fábricas de manteiga em Angra: uma, situada na Rua da Rocha, com desnatadeiras nas freguesias da Serreta, Doze Ribeiras, Santa Bárbara, Cinco Ribeiras, São Bartolomeu, Ribeirinha, São Sebastião e Fonte do Bastardo; outra, na Rua da Sé, próximo do Largo Onze de Agosto, com desnatadeiras nas freguesias do Porto Judeu e São Sebastião; e finalmente, a terceira na Rua de Jesus, com desnatadeiras nas freguesias de Santa Bárbara, São Bartolomeu, Ribeirinha e lugar do Posto Santo; Uma fábrica de manteiga, na freguesia dos Altares, com desnatadeiras nas freguesias das Doze Ribeiras e Vila Nova; Duas fábricas de tabaco, na cidade: uma denominada Angrense, e outra Flor de Angra. Nestas fábricas manipulam-se cigarros de diversas qualidades, charutos, tabaco picado e rapé, sendo relativamente importante a exportação dos seus produtos;


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Uma importante fábrica de sabão, na Ladeira Branca, freguesia de Santa Luzia, funcionando sob o nome de Saboaria União Fabril Terceirense, sendo também importante a exportação dos seus produtos. Nela se fabricam várias qualidades de sabão, e por vezes sabonetes medicinais de alcatrão, acido fénico e bórico; Fornos de cal em Angra e Vila da Praia da Vitória; Fábricas de telha, sendo quatro na cidade, e quatro na Vila da Praia da Vitória; Fábricas de faianças ordinárias e canos de barro — três na cidade; Fábricas de louça de barro ordinário — quatro na cidade; Uma fábrica de produtos cerâmicos — na cidade; Uma importante fábrica de fundição, pregos e serralharia, cujos produtos podem rivalizar com os do continente — na cidade; Quatro fábricas de curtume de coiros — na cidade; Três fábricas de tamancos — na cidade; Três fábricas de fogos de artifício — na cidade Uma chapelaria— na cidade; Uma fábrica de serragem de madeira a vapor — também na cidade. Comércio Não menos importante é o comércio da ilha Terceira, e o conhecimento das evoluções que tem sofrido desde o seu começo. A fertilidade do terreno, nos primeiros anos após a instalação dos primeiros habitantes da ilha Terceira, contribuiu prodigiosamente para as grandes colheitas de cereais, vinho e frutas, que, sendo em excesso para consumo da população, forçoso seria exportá-los. A título de curiosidade, apontamos na seguinte nota a produção dos cereais, vinho, etc., em toda a ilha, nos dois principais anos de abundância: Ano de 1693: vinho — 1463 pipas de 225 canadas; trigo — 13:000 moios. Ano de 1702: vinho — 1:000 pipas; trigo — 10:000 moios; cevada — 500 moios; linho —250 quintais. No outros anos, regulava um pouco menos a produção, a não ser de 1575 a 1578, 1584, 1589 e 1590, 1593, 1647 e 1696, em que houve carência de cereais, proveniente dos grandes terremotos e temporais que destruíram, quase por completo, as searas, chegando 1593 a ser chamado «ano da fome»,


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morrendo muitas pessoas por falta de subsistência; e em 1647, «ano dos terremotos e fome». Nestes anos tornou-se necessária a importação de trigo, milho e farinha. Vejamos também os preços dos cereais nos primitivos anos desta ilha: em 1510, o trigo era arrematado a 800 réis o moio; em 1520 a 1:000 réis; em 1533 vendia-se a 30 réis o alqueire, e a 50 réis em 1560. No «ano da fome» (1593) chegou a 300 e 400 réis o preço de cada alqueire de trigo; e em 1647, a nove, quinze e vinte e quatro mil réis o moio. Mais tarde, em 1768, por ordem de D. Antão de Almada, capitão-general, passaram os cereais a ser manifestados primeiramente no Terreiro Público, não se podendo vender o trigo a mais de 14$000 réis o moio. Com tal produção e preço, a exportação era inevitável, e muito trigo foi mandado para o continente a abastecer o seu mercado. Por muitas vezes foi proibida esta exportação, fixando-se ao mesmo tempo qual a taxa por que devia ser vendido o trigo, em harmonia com as determinações da Câmara de Angra e algum. vezes do próprio Rei. É assim que vamos encontrar a provisão de El-Rei D. Sebastião, em 1571, ordenando que, até ao dia de Nossa Senhora de Setembro, se vendesse o trigo a 100 réis o alqueire, e a 20 réis o de cevada, sob pena de degredo para fora do lugar, vila ou cidade por espaço de um ano e 20 cruzados de multa. Em 1577 e 1578, determinou a Câmara de Angra fechar os portos à exportação do trigo, vista a esterilidade dos campos; e nalguns anos, em que a colheita era mais pequena, todo o lavrador era obrigado a guardar a quarta parte do seu trigo para satisfazer às necessidades do povo. Que contrasto o que hoje se passa! A exportação que, no princípio, era somente para as demais ilhas dos Açores e Portugal, compreendia também o vinho e frutas; e sé em 1652 é que começou a fazer-se também para os portos do Brasil, por ter começado naquele ano a navegação regular para aqueles pontos. Mais tarde, desde 1833 até 1875, pouco mais ou menos, teve lugar a grande exportação da laranja para Inglaterra, produzindo importantes lucros para a ilha Terceira. Finalmente resta-nos falar do pastel que durante muito tempo constituiu um ramo importante do comércio terceirense e do qual já tratámos no capítulo antecedente. A importação reduz-se, quase exclusivamente, aos produtos de mercearia e fazendas. O comércio da ilha Terceira sofreu, por vezes, crises importantes, devidas às evoluções contínuas da moeda. Nos primeiros anos, após a colonização da ilha, a moeda corrente era,


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na maior parte, espanhola, com preço muito superior ao seu valor intrínseco. Assim continuou o comércio até 1578, em que D. Sebastião, para obter maiores riquezas para a célebre conquista de África, permitiu a entrada dos reales de Castela, com excessivo valor, não se importando com as alterações que o comércio ia sofrer. Durante a dominação espanhola, Filipe II, desprezando o juramento prestado, e sem ouvir previamente as Câmaras das ilhas, autorizou a entrada dos reales de prata, sem se importar saber se havia ou não conveniência. Nesta época, pretendia o infeliz D. António, Prior do Crato, a coroa de Portugal, e necessitando manter a sua tropa, tanto nacional como estrangeira, e que estava aquartelada nesta ilha, estabeleceu, por Alvará do 1.° de abril de 1582, uma casa da moeda em Angra, que funcionou no pátio do antigo hospital. O cunho das moedas consistiu numa cruz da Ordem de Cristo, com um açor ao pé, e no reverso as armas reais, com a legenda de D. António como Rei de Portugal e dos Algarves. Fabricaram-se moedas de prata, ouro e cobre, sendo as primeiras de cruzado, tostão, meio tostão e vintém. Pouco depois duplicou-se-lhes o valor, contra-cunhando as moedas, ao mesmo tempo que se cunhavam moedas de cinco e dez tostões. O curso destas moedas, sem autorização legal, visto que D. António não era reconhecido como Rei de Portugal, embaraçou sobremaneira o comércio de Angra, e, felizmente para ele, pouca duração tiveram. Com a restauração de Portugal, que ficara exausto de recursos pecuniários, nova cunhagem de moeda teve lugar em Lisboa e mais pontos do país. Em Angra, o general António de Saldanha, que chegara poucos dias depois da rendição do Castelo de São Filipe, estabeleceu uma nova casa da moeda para o novo cunho; passando as moedas de ouro, que valiam quatro cruzados, a serem de 3$000 réis; as patacas de 320 réis passaram a 480 réis; os tostões a 120 réis, e por aí adiante. Durante o reinado de D. Afonso VI teve lugar nova cunhagem de moeda em Angra e Ponta Delgada, passando a ter um aumento de 25% no seu valor, tanto a moeda nacional como a estrangeira. Assim continuou o comércio nos reinados subsequentes, com alterações no valor da moeda, até que em 1780 e 1781, havendo grande crise monetária, começaram a aparecer no mercado algumas modas falsas, com a denominação de Faial ou Corpo Santo, por serem fabricadas na ilha do Faial por um ourives natural do bairro do Corpo Santo, ao mesmo tempo que aparecia a moeda espanhola denominada serrilhas, ou pesetas, e os quartos mexicanos. Novos e graves transtornos se levantaram em todo o comércio, sendo necessário enviar para Lisboa as reclamações dos comerciantes e das Câmaras,


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as quais só foram atendidas em 1795. Veio à ilha Terceira, Luís de Moura Furtado, encarregado de proceder à taxa da moeda espanhola e de arrecadar todo o dinheiro falso e trocá-lo por moeda de prata, cobre e cédulas vindas de Lisboa para este fim. Com esta proveitosa medida, depressa se abasteceu o comércio de Angra, até que, por Decreto de 5 de abril de 1830, da Junta da Regência, foi novamente instalada uma casa da moeda no Castelo de São João Baptista, fabricando-se moedas toscas de cobre, que receberam o nome de malucos, com a inscrição de 80 réis, sendo pouco depois elevado a 100 réis. Esta casa terminou por Decreto da Regência de 16 de junho do mesmo ano, depois de terem aparecido muitas moedas falsas. Ainda por muito tempo correu em Angra o dinheiro espanhol e brasileiro, principalmente as patacas com o valor de 1$200 réis. Hoje é o dinheiro do continente com um aumento de 25% no seu valor, e a moeda estrangeira segundo o câmbio. O comércio atual da ilha Terceira foi próspero até 1902; e a estatística acusa sensível desenvolvimento na sua riqueza pública, pela atividade agrícola e pelo estabelecimento da indústria da destilação, que, especialmente nos últimos dez anos, tem sido como que a válvula de segurança ao equilíbrio económico desta ilha. Atualmente está a ilha Terceira ameaçada duma grande crise agrícola e económica, pela suspensão da indústria do álcool, e grande baixa no mercado de Lisboa aos géneros que desta ilha são exportados. Resumindo quanto possível, os dados estatísticos da exportação nos últimos três anos, e dispondo os algarismos que nos fornecem pela ordem da sua relativa importância, resulta conhecer-se que a exportação da ilha Terceira se pode bem classificar pela seguinte forma:

1899 1900 1901 1902 I – Indústria de destilação 368:220$00 294:664$000 280:647$000 235:537$000 II – Produtos agrícolas 82:557$00 123:476$000 122:551$000 131:258$000 III – Comércio 60:407$000 111:248$000 90:815$000 60:700$000 IV – Pecuária 56:438$000 88:437$000 61:806$000 65:882$000 V – Lacticínios 28:390$000 47:172$000 40:672$000 51:855$000 VI – Indústrias diversas 17:418$000 31:559$000 29:257$000 34:271$000 VII – Pesca 12:018$000 17:138$000 8:895$000 8:577$000 VIII – Indústria vinícola 1:700$00 1:144$000 1:940$000 5:002$000 Total 627:148$000 714:838$000 636:583$000 593:082$000


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Desdobrando este quadro, nos principais artigos de exportação que esta ilha produz, vê-se que, a não ser a saída do álcool proveniente ela destilação da batata-doce, os cereais trigo e milho, são as principais fontes da riqueza pública:


1899 1900 1901 1902 I – Indústria de destilação Aguardente 2:350$000 1:984$000 375$000 280$000 Álcool 365:870$000 292:680$000 280:272$000 235:257$000 II – Produtos agrícolas Alhos 77$000 177$000 ---$-- ---$-- Ananases 406$000 2:188$000 1:495$000 2:311$000 Azeitonas 112$000 216$000 ---$-- ---$-- Batatas 142$000 360$000 ---$-- ---$-- Cevada 125$000 270$000 ---$-- ---$-- Favas 4:416$000 6:238$000 3:180$000 520$000 Forragens 350$000 ---$-- ---$-- ---$-- Frutas 382$000 ---$-- ---$-- ---$-- Madeira 804$000 1:200$000 2:700$000 1:290$000 Milho 15:800$000 11:165$000 50:671$000 28:290$000 Tabaco em folha 266$000 270$000 ---$-- 4:075$000 Tremoço 3:755$000 8:682$000 2:280$000 17:400$000 Trigo 55:922$000 92:710$000 62:225$000 77:372$000 III - Comércio Ferro em bruto ---$-- 1:200$000 ---$-- ---$-- Moeda 23:757$000 62:800$000 22:200$000 ---$-- Sal 200$000 418$000 ---$-- ---$-- Tecidos 3:750$000 9:800$000 10:210$000 5:800$000 Vários artigos 32:700$000 37:000$000 58:405$000 54:900$000 IV - Pecuária Aves 284$000 540$000 ---$-- ---$-- Couros verdes 7:692$000 8:374$000 10:200$000 10:100$000 Gado asinino ---$-- 45$000 ---$-- 40$000 Gado cavalar 470$000 1:000$000 900$000 1:320$000 Gado lanígero ---$-- 18$000 ---$-- ---$-- Gado muar ---$-- ---$-- 500$000 602$000 Gado suíno 8:712$000 1:420$000 820$000 4:200$000 Gado vacuum 38:920$000 76:300$000 48:966$000 49:500$000 Ovos 360$000 740$000 420$000 120$000 V - Lacticínios Manteiga 25:360$000 43:250$000 32:172$000 43:605$000 Queijos 3:030$000 3:922$000 8:500$000 8:250$000 VI – Indústrias diversas Bordados de algodão ---$-- 250$000 ---$-- ---$-- Chapéus de palha 80$000 ---$-- ---$-- ---$-- Chicória torrada e moída ---$-- ---$-- ---$-- 326$000 Ferro em obra 412$000 1:250$000 ---$-- ---$-- Galochas 3:726$000 4:300$000 3:400$000 9:130$000 Louça 762$000 780$000 2:037$000 1:085$000 Pedras de filtrar 1:115$000 600$000 1:370$000 2:500$000 Pedras para mós 900$000 283$000 ---$-- ---$-- Sabão 8:120$000 15:563$000 14:120$000 12:050$000 Tabaco manipulado 1:918$000 7:580$000 7:950$000 6:400$000 Telha ---$-- 290$000 380$000 1:480$000 Vassouras 38$000 663$000 ---$-- 1:300$000 VII - Pesca Azeite de peixe 818$000 738$000 2:875$000 1:000$000 Peixe seco e salgado 11:200$000 16:400$000 6:020$000 7:577$000 VIII – Indústria vinícola Vinagre 200$000 370$000 1:560$000 4:792$000 Vinho 1:500$000 774$000 380$000 210$000


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Além do comércio externo, temos ainda a considerar o interno, para o qual possui a cidade de Angra um grande número de estabelecimentos bem montados, tanto no que diz respeito a fazendas como em artigos de mercearias, por atacado e a retalho. Possui também estâncias de madeiras, estabelecimentos de ferragens e drogas, confeitarias, ourivesarias, sapatarias, relojoarias e outras. A importação, de que não existem elementos devidamente organizados e publicados, pode considerar-se, sem erro, muito superior à exportação, equilibrando-se a diferença com as remessas de numerário que a emigração fornece constantemente.


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