Obras poeticas de Ignacio José de Alvarenga Peixoto (1865)/Ao tenente-coronel Francisco de Paula Freire de Andrade

AO TENENTE-CORONEL
FRANCISCO DE PAULA FREIRE DE ANDRADE
POR OCCASIAO DE SEU CONSORCIO
COM D. ISABEL CAROLINA DE OLIVEIRA MACIEL

Peitos que amor da patria predomina,
Vede o consorcio que a virtude traça;
Não é de Chypre na festosa praça,
Que o nobre Andrade a Isabel se inclina.

Abençôa do alto a mão divina
O nó sagrado, que apertou a graça;
E a mesma innocencia, que os enlaça,
Feliz prosperidade lhes destina.

Risonhos amorinhos de Cythera,
Fugi d’este lugar aos cécos aceito,
Que aqui nem Venus, nem Cupido impera.

Gênios celestiaes, cercai-lhe o leito:
Do puro fogo da sublime esphera,
Desção as chammas a inflammar-lhe o peito.