- Ora até que enfim..., perfeitamente...
- Cá está ela!
- Tenho a loucura exatamente na cabeça.
- Meu coração estourou como uma bomba de pataco,
- E a minha cabeça teve o sobressalto pela espinha acima...
- Graças a Deus que estou doido!
- Que tudo quanto dei me voltou em lixo,
- E, como cuspo atirado ao vento,
- Me dispersou pela cara livre!
- Que tudo quanto fui se me atou aos pés,
- Como a sarapilheira para embrulhar coisa nenhuma!
- Que tudo quanto pensei me faz cócegas na garganta
- E me quer fazer vomitar sem eu ter comido nada!
- Graças a Deus, porque, como na bebedeira,
- Isto é uma solução.
- Arre, encontrei uma solução, e foi preciso o estômago!
- Encontrei uma verdade, senti-a com os intestinos!
- Poesia transcendental, já a fiz também!
- Grandes raptos líricos, também já por cá passaram!
- A organização de poemas relativos à vastidão de cada assunto resolvido em vários —
- Também não é novidade.
- Tenho vontade de vomitar, e de me vomitar a mim...
- Tenho uma náusea que, se pudesse comer o universo para o despejar na pia, comia-o.
- Com esforço, mas era para bom fim.
- Ao menos era para um fim.
- E assim como sou não tenho nem fim nem vida...