com armas, uma medalha com o retrato de D. Miguel aos vinte e dois anos, e uma peça de ouro com a mesma real efígie. No peito da camisa, entre as lapelas do colete de veludo cor de laranja, trazia pregado um punhal esmaltado, em miniatura, enigma convencional dos cavaleiros de S. Miguel da Ala, obra patriótica do ourives Novais, pai do poeta Faustino.

Após ele, entrou o Zeferino das Lamelas, muito enfiado, num espasmo, sentindose aluir pelos joelhos. Ia de niza de pano azul com botões amarelos, calça branca espipada com joelheiras pelos atritos do albardão. As pernas das calças chegavam apenas a meio cano das botas, que pelo tamanho dos pés dir-se-iam roubadas a um gigante.

O Bezerra dobrou o joelho, inclinando o tronco à mão esquiva de Sua Majestade. Por detrás dele, o Zeferino ajoelhara batendo com ambas as rótulas no tabuado. O barão ia falar, quando o rei, reparando no outro, disse:

— Levante-se, homem. Isto aqui não é capela.