— Vá agradecer a el-rei, Sr. Sargento-Mor — disse o barão de Bouro ao pedreiro. Zeferino foi ajoelhar, querendo beijar as botas ao homem.

— Levante-se, amigo — disse o príncipe. — Aqui tem a resposta da carta do meu amigo Cerveira Lobo. É necessário que ninguém veja este sobrescrito. Tome sentido, que ninguém saiba a quem esta carta é dirigida. Vá com Deus, e estimarei vê-lo aqui, Sr. Sargento-Mor, com outra carta do meu honrado amigo, enquanto não posso abraçá-lo pessoalmente. Adeus

A corte saiu em recuanços, dando-se mútuos encontrões para não voltarem as costas à majestade.

A criada apareceu então esfandegada para pôr a mesa, que estava a ceia pronta, e que o frango com arroz não esperava — que era preciso comê-lo logo que estava feito. Ficou para cear o Nunes. Ceava sempre com el-rei e com o abade.

O Zeferino, que tinha ali a égua e conhecia o caminho, não quis ir pernoitar a Santa Marta de Bouro. Havia luar e saía um rancho de romeiros