metiam respeito; pausava com eles os dizeres, dando ao braço direito, com a mão aberta, um movimento compassado. Repetiu, piorados na forma, os elogios que o Sr. D. Miguel fizera ao seu amigo Cerveira; que, quando estava a escrever. perguntou se o conde de Quadros tinha filhos.

O fidalgo sentia muita sêde. Misturava de meias a genebra com água açucarada. E ao passo que lhe sorriam as alvoradas do seu mundo fantástico, e as trevas da razão se desteciam, crescia- lhe o interesse na narrativa do pedreiro. Reperguntava pormenores já respondidos. Não havia já no seu espírito passageira sombra de dúvida. Era o seu amigo D. Miguel quem estava em São Gens de Calvos; e, se ele fizera coronel o plebeu das Lamelas e sargento-mor o pedreiro, foi decerto com a intenção de o obsequiar a ele, para lhe mostrar com que prazer recebera a sua carta.

— Sua Majestade disse-me que estimava lá ver-me com outra carta do Senhor Conde, enquanto não ia lá abraçál-o — esclareceu Zeferino.

— Tens de lá ir amanhã. Aparece cedo.