Meteu tudo às pressas, desordenadamente, na caixinha, atirou a caixinha para a gaveta, empurrou com violência a gaveta, saiu, foi para seu quarto, entrou, fechou-se por dentro, atirou-se na cama; desatou em pranto.

De repente ergueu-se.

Que era aquilo? perguntou-se a si própria. Pois ela era mulher para chorar, para carpir-se, como qualquer criadinha de servir, violentada pelo filho da patroa? Não! Caíra, mas caíra vencida por si, só por si, por seu organismo, por seus nervos. O homem não entrava em linha de conta, não passava de mero instrumento: fora Barbosa; poderia ter sido o administrador, poderia ter sido o velho coronel. Enquanto quisera, gozara; estava saciada...

Uma idéia terrível atravessou-lhe o cérebro.