A Guerra de Canudos
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Concomitantemente, os fanaticos postados em certos pontos da estrada, no Rancho do Vigario, em Jueté e no Rosario, faziam-lhes todo mal possivel, atacando-os de lograres e elevados, e bem occultos. Procuravam estabelecer a confusão, atirando nos cargueiros e no gado, deixando antes passar a vanguarda; quando esta proseguia, confiante, eram o centro e retaguarda hostilizadas. Parava o comboio, e eram tomadas as dispozições para a rezistencia. Os jagunços emmudeciam e estava produzido o mal: o gado internado na catinga, cargueiros mortos e soldados feridos, emfim, a marcha consideravelmente atrazada.

Na estrada ficavam cangalhas, fardos, caixotes, etc, que os jagunços mais tarde ajuntavam e queimavam, sem que de coisa alguma se utilisassem, salvo as munições de guerra. Matavam o gado, e a carne abandonavam. O seu maior empenho consistia em enfraquecerem-nos os recursos.

Os jagunços com intransigente fidelidade cumpriam os preceitos do Conselheiro que lhes prohibia em absoluto o saque e o aproveitamento dos elementos do inimigo, a não ser o da munição. N'aquelle tempo, já elles experimentavam privações; porém, absolutamente abstinham se de satisfazel-as á nossa custa.