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A Guerra de Canudos

tuario, indo alimentar as chammas, estorcendo-se convulsas n'aquelle cháos infernal.

Em outros pontos, succediam-se fórtes explosões com roucos estampidos, arremessando aos ares tectos de casas e restos humanos, en voltos em altos e bastos jactos de fogo, que momentaneamente illuminavam até pontos longiquos. Eram barris de polvora, existentes em quantidade no ponto central do reducto, que voavam.

E no meio de tudo isso, o unico canhão que atirava após o assalto e que estava collocado entre o 38° e a policia de S. Paulo, desde 28 de Setembro, sob o commando do alferes Maceda Soares, varria com successivos tiros de metralha os lugares em que o ajuntamento do inimigo mais se pronunciava.

Simultaneamente, outras detonações mais estrepitosas e caracteristicas se ouviam e como resultado horriveis estragos produzidos no reducto, transformado em vasto tendal de corpos espedaçados e amalgamados. Era o 2° tenente Escobar de Araujo, que, com grande ousadia, d'elle se approximava, atirando lhe poderosas e destruidoras bombas de dynamite. Mas no meio de tanta destruição, encharcados no proprio sangue, os valorosos fanaticos não se inti-