no domínio do pai? Afinal, que se sabia dela? Que pertencia a uma boa família descaída da fortuna e que passava por uma moça honesta...
Em boas famílias quantos maus germes existem e quantas mulheres honestas maquinam tramas infernais! O confessionário ensinara-lhe que o bem e o mal nascem da mesma fonte sempre inconstante e fértil...
A família... Seria certo o que a baronesa lhe insinuara? Dissera que uma récua de famintos ia tirar aos criados de Argemiro os pedaços que lhes competiam...
A que horas? Como? Deveria também indagar disso?! Por que não, se esse era um meio de conhecer a mulher com quem talvez tivesse de lutar?
E uma triste simpatia atraía-o logo para a pobre governanta, sempre bem arranjadinha nos seus vestidos surrados, sempre sorridente e sempre simples.
– O senhor também parece mudo! – disse Maria, rindo.
– Estava pensando cá numas coisas...
– Eu também.
– Em que pensavas?
– Em d. Alice.
– Ah... e quais eram as tuas conclusões?
– Que é muito boa moça.
– A razão deve estar contigo.
– Eu queria que vovó gostasse dela...