Ele sorriu.

– Foi pena que não tivesse ouvido Sinhá desde o princípio... ela toca com muito sentimento... anime-a... diga-lhe, embora mentindo... que a apreciou... as suas palavras são o melhor incentivo para ela...

A Pedrosa procurou a filha com a vista, para aproximá-la de Argemiro, mas já a moça desaparecera da sala.

Argemiro percebeu-lhe a contrariedade no olhar e apressou-se em dizer meia dúzia de banalidades, à espera do momento de se despedir. Mas a Pedrosa tinha que dividir a sua atenção. Estava com a casa cheia, e as moças mostravam desejos de dançar...

Por fortuna, as sobrinhas, as três filhas do dr. Adão, ajudavam-na a armar as quadras para os lanceiros, tirando pares e influindo os moços, que se deixavam arrastar, por complacência, para o meio da casa...

Como tardasse o pianista, foi mesmo a Pedrosa para o piano, rompendo com força os primeiros compassos da quadrilha. Argemiro aproveitou aquele instante de alegria para ir buscar o chapéu e o sobretudo ao pavilhão japonês e sair para a rua sem ser visto.

O pavilhão estava a meia luz. Nas paredes forradas de esteirinha as japonesas dos caquemonos requebravam-se entre os cetins das