Não tenho a louca mania de amar um belo ideal, como pretendi fazer crer; porém, o certo é que eu sou e quero ser inconstante com todas e conservar-me firme no amor de uma só.

— Então o senhor já ama?...

— Julgo que sim.

— A uma moça?

— Pois então a quem?...

— Sem dúvida bela!...

— Creio que deve ser.

— Pois o senhor não sabe?...

— Juro que não.

— O seu semblante?

— Não me lembro dele.

— Mora na corte?...

— Ignoro-o.

— Vê-a muitas vezes?...

— Nunca.

— Como se chama?...

— Desejo muito sabê-lo.

— Que mistério!

— Eu devo mostrar-me grato à bondade com que tenho sido tratado, satisfazendo a curiosidade que vejo muito avivada no seu rosto; e, pois, a senhora vai ouvir o que ainda não ouviu nenhum dos meus amigos, o que