— E a senhora já ama também?

Novo silêncio; ela pareceu não ouvir, mas suspirou. Ele falou menos baixo:

— Já ama também?...

Ela baixou ainda mais os olhos e com voz quase extinta disse:

— Não sei... talvez.

— E a quem?...

— Eu não perguntei a quem o senhor amava.

Quer que lho diga?... Eu não pergunto.

— Posso eu fazê-lo?

— Não... não lho impeço. É a senhora.

D. Carolina fez-se cor-de-rosa e só depois de alguns instantes pôde perguntar, forcejando um sorriso:

— Por quantos dias?

— Oh! Para sempre, respondeu Augusto, apertando-lhe vivamente o braço. Depois ainda continuou:

— E a senhora não me revela o nome feliz?...

— Eu não... não posso...

— Mas por que não pode?

— Por que não devo.

— E nunca o dirá?!