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Monteiro Lobato

hostes de sertanejos, os mais rijos do Brasil, que descem, pelo inverno, dos socavões da Bahia, de machado ás costas e uma furia de destruição nos musculos. O duello entre esses heróes de dentes apontados a faca e a selva bruta. O machado que canta no róseo das perobas. A foice que risca a miuçalha vegetal. A queimada, depois... E depois o sertanejo que volta á querencia, com o dinheiro no lenço, e pago — pago e repago da faina com o espectaculo fulgurante da queimada que levam impresso na retina para todo o sempre.

Elles destróem, mas não sabem construir. Entra em scena, para construir, o colono e começa o drama da formação: quatro annos de enxada no pulso, de corrida paciente atrás de um matto que "corre atrás da gente". A victoria, afinal, a florada nivea — quando não, como em 1918, uma florada prematura de neve...

O assumpto arrasta. Voltemos atrás.

A penetração do café nas terras novas escreve capitulos curiosissimos, oscillantes entre o tragico e o comico.