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território, dispondo de uma navegação desenvolvida entre suas diíFerentes regiões!

Imaginae que colosso de riqueza representará o Brazil, assomi)rando o mundo, quando conjunctamente ao aproveitamento regular de suas múltiplas vias naturaes de communicação, estiver seu magnifico solo sulcado por extensas estradas de ferro, pondo em contacto Estado com Estado, município com municipio, cidade com cidade!

Galculae ainda que maravilhoso empório representaremos, quando por todos esses meios poderem ser transportados os opulentos tliesouros do centro do paiz para a vastíssima costa!

Não é pequeno, e antes já é bem considerável, o movimento de navegação extrangeira para o Brazil, que augmentará necessariamente á medida que o paiz se fôr desenvolvendo e conquistando novos mercados para seus productos.

Em 1902, só na bailia de Guanabara, no Districto Federal, que é, aliás, o maior centro de nosso commercio, entraram 103 navios e 782 vapores extrangeiros, procedentes de diíferentes pontos do Universo.

Gomo a de longo curso, é já extensa também a navegação de cabotagem, isto é, a navegação pela costa do Brazil, de Estado a Estado, que só pode ser feita por vapores nacionaes.

Com relação a estradas de ferro, já conquistámos, é certo, o nono logar no rói das grandes nações: estamos, entretanto, ainda muito distanciados do grau de expansão ferroviária que nosso território e nossas riquezas reclamam.

Basta considerar que os dois maiores Estados brazileiros, Amazonas e Matto Grosso, riquíssimos ambos, como já tivestes ensejo de ver, cuja superfície equivale a 3.267.670 kilometros quadrados, representando quasi a metade do território brazileiro, não possuem ainda um só metro de linha férrea!

()s Estados em que ha maior trafego são os de S. Paulo e Minas Geraes, este com 3.500, e aquelle com 3.370 kilometros.

Sob o ponto de vista da construcção, porém, possue o