escovado, bem perfumado, achei a lancha atulhada. E descia, com alvoroço, atraz d’um franciscano barbudo — quando o amado embrulhinho da Mary escapou dos meus braços carinhosos, rolou em saltos pela escada como uma pella, raspou a borda do bote... Ia sumir-se nas aguas amargas! Dei um berro! Uma das Religiosas apanhou-o, ligeira e cheia de misericordia.

— Agradecido, minha senhora! gritei, enfiado. É um pacotesinho de roupa! Seja pelo sagrado amor de Maria!

Ella refugiou-se modestamente na sombra do seu capuz; e como eu me accommodára, mais longe, entre Topsius e o franciscano barbudo que cheirava a alho — a santa creatura guardou o embrulho sobre o seu puro regaço, deitou-lhe mesmo por cima as contas do seu rosario.

O arraes, empunhando o leme, bradou: «Allah é grande, larga!» Os arabes remaram cantando. O sol surgiu por traz de Jaffa. E eu, encostado ao meu guardachuva, contemplava a pudica religiosa que assim levava, ao collo, para a terra de castidade, a camisinha da Mary.

Era nova: e entre o bioco triste de lustrina preta parecia de marfim o seu rosto oval, onde as pestanas longas punham