depressa, amigo, a Jerusalem, a casa de Gamaliel!


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E á hora em que no Templo se fazia a offerta do Perfume, quando o sol já ia alto sobre o Hebron, Topsius e eu penetrámos, pela porta do Pescado, a passo, n’uma rua da antiga Jerusalem. Era ingreme, tortuosa, poeirenta, com casas baixas e pobres de tijolo; sobre as portas, fechadas por uma corrêa, sobre as janellas esguias como fendas gradeadas, havia verduras e palmas entretecidas, fazendo ornatos de Paschoa. Nos terraços, rodeados de balaustradas, mulheres diligentes sacudiam os tapetes, joeiravam o trigo; outras, chalrando, penduravam lampadas de barro em festões para as illuminações rituaes.

Ao nosso lado ia marchando fatigado um harpista egypcio, com uma pluma escarlate presa na peruca frisada, um pano branco envolvendo-lhe a cinta fina, os braços pesados de braceletes, e a harpa ás costas, recurva como uma foice e lavrada em flôres de lotus. Topsius perguntou-lhe se elle vinha d’Alexandria. E ainda se cantavam nas tabernas do Eunotos as cantigas