de Eliesar, de Ramah! Sempre todos me conheceram são e forte como a palmeira nova!

— Torto e inutil eras tu como um sarmento velho de vide, cão e filho d’um cão! gritou Gad. Vi-te bem... Foi em Capárnaum, na viella onde está a fonte, ao pé da Synagoga, que tu appareceste a Jesus, Rabbi de Nazareth! Beijavas-lhe as sandalias, dizias «Rabbi, cura-me! Rabbi, vê esta mão que não póde trabalhar!» E mostravas-lhe a mão, essa, a direita, secca, mirrada e negra, como o ramo que definhou sobre o tronco! Era no Sabbath: estavam os tres chefes da Synagoga, e Elzear, e Simeon. E todos olhavam Jesus para vêr se elle ousaria curar no dia do Senhor... Tu choravas, de rojo no chão. E por acaso o Rabbi repelliu-te? Mandou-te procurar a raiz do baraz? Ah cão, filho d’um cão! O Rabbi, indifferente ás accusações da Synagoga, e só escutando a sua misericordia, disse-te: «estende a mão!» Tocou-a, e ella reverdeceu logo como a planta regada pelo orvalho do céo! Estava sã, forte, firme; e tu movias ora um dedo, ora outro, espantado e tremendo.

Um murmurio d’enlevo correu entre a multidão, maravilhada pelo dôce milagre. E o Essenio exclamava, com os braços tremulos no ar: