É talvez n’essa montanha que vivem as almas dos justos!...
Gamaliel tossiu brandamente e murmurou: «Bebamos, louvando o Senhor!».
Ergueu uma taça cheia de vinho de Sichem, pronunciou sobre ella uma benção — passou-m’a, chamando a paz sobre o meu coração. Eu rosnei: «Á sua, muitos e felizes!» E Topsius, recebendo a taça com veneração, bebeu — «á prosperidade d’Israel, á sua força, ao seu saber!»
Depois os servos, precedidos pelo homem obeso de tunica amarella, que fazia resoar sobre as lages com pompa a sua vara de marfim, trouxeram a mais devota comida paschal — as hervas amargas.
Era uma travessa repleta de alface, agriões, chicorea, macella, com vinagre e grossas pedras de sal. Gamaliel mastigava-as solemnemente, como cumprindo um rito. Ellas representavam as amarguras de Israel no captiveiro do Egypto. E Eliezer, chupando os dedos, declarou-as deliciosas, fortificadoras e repassadas de alta lição espiritual.
Mas Topsius lembrou, fundado nos auctores gregos, que todos os legumes amollecem no homem a virilidade, lhe descoram a eloquencia, lhe enervam o heroismo: e com