nos seus beiços gordinhos, quando uma tarde, queimado pelo sol da Syria e mais forte, eu surgisse diante do seu balcão espantando o gato branco! E a camisinha?... Bem! contaria que uma noite, junto d’uma fonte, m’a tinham roubado cavalleiros turcos com lanças.

— Dize lá, Alpedrinha! Tenl-a visto, a Maricoquinhas? Que tal está? hein? Rechonchudinha?

Elle baixou o rosto murcho, onde um estranho rubor lhe avivára duas rosas.

— Já não está... Foi para Thebas!

— Para Thebas? Onde ha umas ruinas?... Mas isso é no alto Egypto! Isso é em cascos de Nubia! Ora essa!... Que foi ella lá fazer?

— Alindar as vistas, murmurou Alpedrinha com desolação.

Alindar as vistas! Só comprehendi quando o patricio me contou que a ingrata rosa d’York, adorno d’Alexandria, fôra levada por um italiano de cabellos compridos, que ia a Thebas photographar as ruinas d’esses palacios onde viviam face a face Rameses, rei dos homens, e Amnon, rei dos Deuses... E Maricoquinhas ia amenisar «as vistas», apparecendo n’ellas, á sombra austera dos granitos sacerdotaes, com a graça moderna