coisas grandiosas da Biblia, do Eurico! É d’inspirar! Eu por mim, se tal visse, não me continha!... Não me continha, fazia uma ode sublime!

O Negrão puxou a aba do casaco ao facundo magistrado:

— É melhor deixar fallar o nosso Theodorico, para podermos todos saborear...

Margaride, abespinhado, franziu as sobrancelhas temerosas e mais negras que o ebano:

— Ninguem n’esta sala, melhor que eu, snr. padre Negrão, saboreia o grandioso!

E a titi, insaciavel, batendo com o leque:

— Está bem, está bem... Conta, filho, não te fartes! Olha, conta assim uma coisa que te acontecesse com Nosso Senhor, que nos faça ternura...

Todos emmudeceram, reverentes. Eu então disse a marcha para Jerusalem com duas estrellas na frente a guiar-nos, como acontece sempre aos peregrinos mais finos e de boa familia: as lagrimas que derramára, ao avistar, n’uma manhã de chuva, as muralhas de Jerusalem: e na minha visita ao Santo Sepulchro, de casaca, com padre Potte, as palavras que balbuciára diante do Tumulo, por entre soluços e no meio d’acolytos —