Corria o mês de agosto, muito morno e ameno. No meio da bateria da cozinha a Benedita ouvia o palavreado da Simplícia, que rodopiava pela casa, trazendo novidades e inventando coisas. O Augusto olhava com altivez e desdém para aquela raça de mulheres, enquanto o hortelão se babava todo, ouvindo as tagarelices e a discussão das duas. Simplícia tinha o bolso sempre cheio de dinheiro, moedinhas de prata e níqueis subtraídos à gaveta da ama. Detestava o cobre. Fazia-se fina, com lacinhos de fita na gola do casaco branco e saias bem talhadas. A outra era fiel e ameaçava às vezes de ir direito à ama denunciar a mulata.