Jorge e Conceição e não há botequim de café a três vinténs a xícara, onde a sua voz não requebre o

Olé lé lé Candonga Sinhá.

Nas mesmas condições está o Miguel de Brito. Apesar de português, foi inferior do exército. Quando deu baixa, comprou um Gramofone para ganhar, como dizia, a vida na roça. Partiu para o Rio Bonito, alugou um salão e estava exatamente pregando um cartaz à porta, quando ouviu na casa fronteira tocar um gramofone muito mais aperfeiçoado que o seu. Era a musa da música decerto que o prevenia, desejosa de evitar um confronto desagradável. Brito arrancou o cartaz, vendeu o Gramofone, agradeceu à musa e só com sua garganta veio triunfar nas bodegas do Rio.

As bodegas, como os botequins do tom, toleram de vez em quando os músicos, com a condição de não lhes pagar nada. Em geral são sempre três – os tercetos célebres. Há na Rua do Senhor dos Passas o do Amadeu com as duas irmãs, que, por sinal, já fugiram; na Avenida Passos chefiado pelo Barradas, cego – terceto famoso, por ter percorrido todas as cidades de Espanha, de Portugal, do Chile, do Uruguai, da Argentina e do Brasil; o da fábrica de cerveja Oriente, o da cervejaria Minerva, cujo chefe, o Antônio rabequista, gosta de ser acompanhado de canto. A cervejaria enche-se de trabalhadores atraídos pela alegria dos sons. Sempre uma canção melancólica abre