– Ó Braga, ó velho, despacha o freguês! tem aqui um carro bom, vossa senhoria! O Braga, posso servir?

Braga cruzou outra vez as mãos no peito, com um sereno olhar indiferente. Que dor o havia de trespassar! Murmurei com pena:

– Bom, adeus, meu Braga. E onde pára o Bamba?

– Na Estrada, pára na Estrada. Às ordens do menino, respondeu ele do alto.

Já agora era impossível deixar de ver o outro, de conhecer o mais antigo cocheiro do Rio! Tomei um bonde da Central. A tarde morria em lento e vermelho crepúsculo. No céu brilhava a primeira estrela trêmula e luminosa, e os combustores acendiam a sua luz azul quando saltei na Praça da Aclamação. E foi um grande trabalho. Eu ia de carro em carro.

– Pode informar onde pára o Bamba?

Uns diziam que o Bamba caíra e fora para o hospital, outros, os moços, riam de que se fosse procurar um cocheiro inútil como o Bamba, outros asseguravam que o velho não trabalhava mais. Afinal, quase defronte da porta do Quartel, encontrei um landau empoeirado, desses que parecem arcas e acomodam à vontade seis pessoas.

Da boléia um mulato velho falava para um gordo ancião, muito gordo, muito estragado...

– Sabe você dizer quem é e onde está o Bamba?

O mulato riu.

– É este, patrão...