nomes engraçados, o Bruant da populaça
E a gente do reisado logo batendo palmas, pandeiros e berimbaus:
Ora venha ver o que temos di dá Garrafas de vinho, doce de araçá.
A manifestação satisfaz. Dudu leva-me quase à força para um lugar de honra e eu vejo uma mulatinha com o cabelo à Cléo de Merod, enfiada numa confusa roupagem rubra.
– Quem é aquela?
– É Etelvina. Tá servindo de porta-bandeira...
Não era necessária a explicação. O pessoal, quebrando todo em saracoteios exóticos, cantava com as veias do pescoço saltadas:
Porta-bandeira deu siná,
Deu siná no Humaitá,
Porta-bandeira deu siná,
Deu síná tulou, tulou!
Aproveito a consideração do Dudu para compreender o presepe:
– Por que diabo põem vocês o retrato da imperatriz ali?
– A imperatriz era mãe dos brasileiros e está no céu.
– Mas Napoleão, homem, Napoleão?
– Então, gente, ele não foi rei do mundo? Tudo está ali para honrar o menino Deus.
– A bailarina também?
– A bailarina é enfeite.