Orações
— Que está você a vender?
— Orações, sim senhor.
— Novas?
— Uma nova, sim — a oração dos nove.
Era num canto de rua, por uma tarde de chuva. O pobre garoto, muito magro, com o pescoço muito comprido, sobraçava o maço de orações, a sorrir.
— Mas, creatura, a oração dos nove foi desmoralisada!
— E agora é que se vende mais. Olhe, eu hoje vendi quatrocentos folhetos. Só de oração dos nove, trezentos e vinte e cinco.