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a campanha de canudos

Parte — A necessidade da evitar que o inimigo continuasse, ainda que oom difftculdade, a utilizar-se do rio Vasa-Barris, unico recurso d’agua de que dispunha, a conveniencia de cortar a acção mortifera de sua fuzilaria, partida das egrejas velha e nova, onde entrincheirara-se e causava-nos consideraveis baixas, e, ainda mais, para reduzir o perímetro do sitio a que estava sujeito, levou-me a determinar um novo ataque á cidadella de Canudos.

A’s 6 horas da manhã, conforme estava ordenado, a arti­lharia rompeu vivíssimo fogo ao reduoto inimigo, cessando meia hora depois, ao toque do commando em chefe, «infantaria avançar».

A 6ª brigada da 2ª columna, composta do 4° batalhão de in­fantaria, disposto na margem direita do rio, do 29° e 39° na trin­cheira ao sul da cidadella, deveria assaltar simultaneamente com a 3ª brigada da 1ª columna, composta do 5°, 7°, 25° e 35° batalhões, a retaguarda e flancos da egreja nova, carregando à baioneta, afim de desalojar o inimigo fortemente entrincheirado.

Dado o assalto, o inimigo internou-se nas casas do centro, as unicas que ocoupava, sendo difflcil aos soldados carregar à baioneta, pela latada a dentro, diante dos embaraços que offoreciam as casas agrupadas e as cercas existentes, ficando ape­nas livres tres entradas, onde os nossas camaradas nas inves­tidas eram recebidos á descarga e a nutrido fogo.

Assim protegido, o inimigo ficara da posse de algumas trincheiras que não foi possível tomar no momento, embora as forças assaltantes recebessem o auxilio das 1ª e 5ª brigadas.

O inimigo construiu dentro das casas uns fossos que ficavam abaixo do sólo, junto das paredes que setteiravam, e dahi faziam um fogo mortalmente certeiro; entretanto, ficavam a salvo da nossos fogos. Demais, unidas as casas umas às outras e communicando-se por subterrâneos, tomada uma dellas escoava-se para outra, de onde algumas vezes jà havia sido desalojado.

Comquanto cahissem victimas do dever militar e patriotico muitos dos nossos bons companheiros, realizou-se o que eu alme­java, e que era tomar ao inimigo a aguada de que dispunha, para reduzil-o á sêde, as egrejas, e innumeras casas e fôjos, onde abrigava-se e fugia á fuzilaria de nossas linhas.