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jornal, revista ou associação, d'essas muitas onde a mocidade de nossas academias procura ensaiar suas armas para os futuros combates em pról da patria e da humanidade. Hoje, porém, que esses primeiros ardores da mocidade se vam esfriando sob as cinzas que depositam as decepções da vida real, e que, principalmente, a profissão laboriosa que abracei me tem desviado quasi que inteiramente d'essa primitiva tendencia de meu espirito; — sinto-me incapaz de tomar parte activa em uma lutta em que só homens de outra tempera, fortalecidos por essa educação civica especial que o jornalismo dá, pódem empenhar-se com vantagem para a causa em litigio e, portanto, para o paiz e para a humanidade.

     Todavia, as minhas convicções philosophicas — dictadas por essa grande doctrina em cujas fileiras tenho o prazer e o orgulho de vêr ao meu lado vultos importantes pelo talento, pelo saber e pelo caracter — obrigam-me a nunca perder de vista que o principal dever de um homem é — instruir-se e instruir aos seus semelhantes.

     Por isso, desde que vi agitar-se no paiz a magna questão e divisei prenuncios de que o momento de sua sollução definitiva aproxima-se rapidamente, procurei — aproveitando o lazer que me proporciona a disponibilidade em que presentemente me acho como engenheiro[1] — estudar essa questão no intuito de fortalecer ou mesmo reformar as minhas idéas a respeito, chegando a uma conclusão que satisfizesse ao meu espirito e me servisse de criterio no julgamento dos varios projectos que via se succederem quasi diariamente nos jornaes.

  1. Quando entrou para o prélo o presente trabalho, não me havia ainda sido confiado o logar, que óra exerço na E. F. D. Pedro II, de Chefe do serviço telegraphico.