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Não, tu não falas á toa:
Errei, confesso-o... Perdoa,
Ó sino humilde da vila,
Que assim badalas, badalas,
Na paz da tarde tranquila;
Ó sino, que tambem rézas,
Ó sino, que tanto falas
Á terra, toda asperezas,
Como ao ceu, todo luar,
Chamando, com o mesmo zelo,
Cada infeliz — a rezar,
Nossa Senhora — a atendel-o.