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Não aparece viv’alma.

Nem rumor da natureza,
Nem éco de voz humana
Perturba a infinita calma,
A solitaria tristeza
Da pobre vila praiana.

Nem se ouve o mar, lonje, e manso.

A tudo, em redor, invade
Um ar de mole descanso...

Silencio... Imobilidade...

Como que, interrompida,
A correnteza da vida
Fez neste ponto um remanso.