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accidentes da guerra


ção dos feridos e prisioneiros foi o trabalho principal dos expedicionarios durante a noite de 18 de julho, em Canudos, cujos defensores morreram um a um até extinguir-se o ultimo, no dia 1.° de outubro, sempre com a esperança de libertar-se de tão violenta aggressão. No outro dia todos esses prisioneiros se encontraram num estreito valle formado por dois grandes outeiros parallelos, á retaguarda dos quarteis generaes, mergulhados na sua immensa desdita, sem comprehenderem bem a razão por que estavam ali e para que os queriam assim, guardados por homens vigilantes, de aspecto feroz, ameaçadores, que os seguiam nos seus mais occultos movimentos e reproduziam-se os gemidos interminaveis, as lamentações plangentes, o pranto das crianças famintas, num concerto sinistro, que echoava naquelle ambiente já viciado, ás duas horas de uma tarde asfixiante, por entre as evaporações candentes da terra calcinada!

Havia bastante curiosidade em ver e ouvir essa gente exquisita, por isso desde o clarear do dia encontravam-se no sitio dos