Mortos alli. Que importa? Vão seguindo
Avante os bravos, que a invasão caminha
Implacavel e dura, como a morte,
A pelejar e a destruir. Tingidas
               Ruas de extranho sangue
E sangue nosso, lacerados membros,
Corpos de que ha fugido a alma cançada,
E o denso fumo e os funebre lamentos,
Quem nessa confusão, miseria e gloria
Conhecerá da juvenil cidade
O aspecto, a vida? Aqui da infancia os dias
Nuno vivera, á vecejante sombra
Do seu patrio arvoredo, ao som das vagas
Que inda batendo vão na amada areia;
Risos, jogos da verde meninice,
Esta praia lhe lembra, aquella pedra,
A mangueira do campo, a tosca cerca
De espinheiro e de flores enlaçadas,
A ave que voa, a brisa que suspira,
Que suspira como elle ha, suspirado,
Quando rompendo o coração do peito
Ia-lhe empos dessa visão divina,
Realidade agora... E ha de perdel-as
Patria e noiva? Ésta ideia lhe esvoaça
Torva e surda no cerebro do moço,