Nem affectos nem prantos; mas somente
A noite, o medo, a solidão e a morte.
A alma que alli morava, ingênua e meiga,
Naquelle corpo exiguo, abandonou-o,
Sem ouvir os soluços da tristeza,
Nem o grave salmear que fecha aos mortos
O frio chão. Ella o deixou, bem como
Hóspede mal acceito e mal dormido,
Que prosegue a jornada, sem que leve
O ósculo da partida, sem que deixe
No rosto dos que ficam, — rara embora, —
Uma sombra de pallida saudade.



Oh! sôbre a terra em que pousaste um dia,
Alma filha de Deus, ficou teu rasto
Como de estrêlla que perpétua fulge!
Não viste as nossas lagrymas; comtudo
O coração da patria as ha vertido.
Tua gloria as seccou, bem como orvalho
Que a noite amiga derramou nas flores
E o raio enxuga -da nascente aurora.
Na mansão a que foste, em que ora vives,
Has de escutar um echo do concerto