Deita, e rasgando lentamente as ondas,
Para a margem caminha, tão serena,
Tão livre como quem de extranhos olhos
Não suspeita a cubica... Veu da noute,
Se lh′os cubrira, dissipara acaso
Uma historia de lagrymas. Não póde
Furtar-se Octavio á commoção que o toma;
A clavina que a esquerda mal sustenta
No chão lhe cae; e o baque surdo ae corda
A descuidada nadadora. As ondas
A virgem torna. Rompe Octavio o espaço
Que os divide; e de pe, na fina area,
Que o molle rio lambe, erecto e firme,
Todo se lhe descobre. Um grito apenas
Um so grito, mas unico, lhe rompe
Do coração; terror, vergonha... e acaso
Prazer, prazer mysterioso e vivo
De captiva que amou silenciosa,
E que ama e ve o objecto de seus sonhos,
Ali com ella, a suspirar por ella.



«Flor da roça nascida ao pe do rio,
Octavio começou — talvez mais bella