Que essas bellezas cultas da cidade,
Tão cobertas de joias e de sedas,
Oh! não me negues teu suave aroma!
Fez-te captiva o berço; a lei somente
Os grilhões te lançou; no livre peito
De teus senhores tens a liberdade,
A melhor liberdade, o puro affecto
Que te elegeu entre as demais captivas,
E de affagos te cobre! Flor do matto,
Mais viçosa do que essas outras flores
Nas estufas criadas e nas salas,
Rosa agreste nascida ao pe do rio
Oh! não me negues teu suave aroma!»



Disse, e da riba os cubiçosos olhos
Pelas aguas estende, emquanto os d′ella,
Cobertos pelas palpebras medrosas
Choram, — de gosto e de vergonha a um tempo, -
Duas unicas lagrymas. O rio
No seio as recebeu; comsigo as leva,
Como gottas de chuva, indifferente
Ao mal ou bem que lhe povoa a margem;
Que assim a natureza, ingenua e docil